segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


Sei que não sou perfeita nem tenciono sê-lo, apenas me esforço para ser o melhor possível.
Nem sempre sou a melhor filha, discuto com os meus pais, não faço tudo o que eles querem, não sou sempre obediente ou uma filha exemplar, não tiro vintes nem entrei na faculdade com 17 anos, não faço grande coisa em casa a não ser no meu quarto e não gosto de ser a mulher tradicional que vive para fazer tudo em casa e em que 1º estão os deveres e depois o divertimento, mas no entanto, amo-os mais que tudo.
Nem sempre sou a melhor aluna, não sou bem comportada, não me sei calar nas aulas, não me sei conter, sou muito teimosa e persistente, não aceito facilmente as opiniões contrárias, não tiro óptimas notas, tenho negativas e falto as aulas, mas no entanto , gosto de estudar.
Nem sempre sou a melhor irmã, critico o meu mano, ralho com ele, chamo-o á atenção, faço queixas dele e até lhe peço para fazer as tarefas que menos gosto, mas no entanto, defendo-o com unhas e dentes e ninguém é melhor confidente da minha vida que ele.
Nem sempre sou a melhor pessoa, atiro lixo para o chão, nem sempre faço reciclagem, não penso muito na poluição ou no meio ambiente, sou vingativa quando acho que devo ser, nem sempre sou a mais atenciosa ou a mais correcta, sou distraída, nem sempre ouço a opinião dos outros, sou demasiado teimosa, não sei ser falsa ou cínica e sou demasiado amiga de quem não merece, mas no entanto, é apenas o meu jeito de ser.
Nem sempre sou a melhor namorada, tenho ciúmes, tenho crises, chateio-me facilmente, levo a sério coisas que são brincadeira, “critico-o”, estou sempre a queixar-me de saudades, estou sempre a pedir atenção, magoo-o com palavras e ate com gestos, mas no entanto, tenho certeza que o amo mais do que alguém alguma vez o fará ou o fez.
Nem sempre sou feliz, os meus amigos nem sempre são os mais fiéis ou os mais verdadeiros, os meus pais nem sempre estão lá para mim, o meu irmão nem sempre está comigo para me ouvir ou o meu namorado para me aturar as crises, mas no entanto, esta felicidade limitada de que eu vivo é que me faz estar aqui e lutar para ser mais e melhor, para agradar aos outros e a mim, sim, principalmente a mim porque se eu não gostar de mim, quem gostará?



Autora: Ana Paula Trafaria Antunes

1 comentário: