segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Memórias de uma bailarina


Tenho saudades. Saudades de sentir me leve, como se no mundo so existisse eu, os meus movimentos, a dança e as minhas sapatilhas de ballet. Só uma bailarina sabe o que se sente, a adrenalina que nem se nota quando nos vêm dançar. Tenho saudades de pisar um palco, de agradecer os aplausos, de me sentir completamente integrada, num mundo so meu, onde sei que estou bem, onde sei que ninguém me tira dali. Sei que nasci para isso, desde sempre, a memória mais forte de algo que tenho é de dançar, do ballet e das minhas pontas…ai as minhas pontas que eu tanto amo, que tão estragadas e lindas são. Tenho de voltar. Tenho de sentir de novo o cheiro à resina, sentir de novo o que é dizer que não consigo e a seguir conseguir sem quase precisar de tentar, sentir de novo o toque nas barras, ver me de novo naqueles espelhos gigantes que nos enchem o peito de nos sentirmos tão elegantes nos nossos fatos cor-de-rosa.
Cada vez que ouço uma musica clássica so quero correr para o meu quarto, abrir a minha gaveta, tirar as sapatilhas e calça-las como se de um hábito se tratasse, atar de novo as fitas de cetim, vestir de novo o meu fato branco e a minha saia de fada, e dançar…dançar sem parar, até que os meus pés me doam, até que as minhas pernas desfaleçam de cansaço, até que os meus músculos não aguentem e me façam cair e aí sim, sentirei que sou feliz, que não deixei de ser eu, que o ballet continua a fazer parte de mim.
É engraçado como me lembro de ter os dedos em ferida, de não aguentar as dores, de chorar depois de umas horas naquela sala, da frustração de quando não conseguia fazer algum passo ou mesmo de quando so queria parar para descansar e no entanto tudo isso só me faz sorrir e querer repetir tudo isso, todos esses sentimentos à flor da pele que estou a sentir como se tivesse voltado atrás no tempo.
Um dia eu voltarei…Eu sei que sim, pois não sei mesmo viver sem isto…


Autor: Ana Paula Antunes

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


Sei que não sou perfeita nem tenciono sê-lo, apenas me esforço para ser o melhor possível.
Nem sempre sou a melhor filha, discuto com os meus pais, não faço tudo o que eles querem, não sou sempre obediente ou uma filha exemplar, não tiro vintes nem entrei na faculdade com 17 anos, não faço grande coisa em casa a não ser no meu quarto e não gosto de ser a mulher tradicional que vive para fazer tudo em casa e em que 1º estão os deveres e depois o divertimento, mas no entanto, amo-os mais que tudo.
Nem sempre sou a melhor aluna, não sou bem comportada, não me sei calar nas aulas, não me sei conter, sou muito teimosa e persistente, não aceito facilmente as opiniões contrárias, não tiro óptimas notas, tenho negativas e falto as aulas, mas no entanto , gosto de estudar.
Nem sempre sou a melhor irmã, critico o meu mano, ralho com ele, chamo-o á atenção, faço queixas dele e até lhe peço para fazer as tarefas que menos gosto, mas no entanto, defendo-o com unhas e dentes e ninguém é melhor confidente da minha vida que ele.
Nem sempre sou a melhor pessoa, atiro lixo para o chão, nem sempre faço reciclagem, não penso muito na poluição ou no meio ambiente, sou vingativa quando acho que devo ser, nem sempre sou a mais atenciosa ou a mais correcta, sou distraída, nem sempre ouço a opinião dos outros, sou demasiado teimosa, não sei ser falsa ou cínica e sou demasiado amiga de quem não merece, mas no entanto, é apenas o meu jeito de ser.
Nem sempre sou a melhor namorada, tenho ciúmes, tenho crises, chateio-me facilmente, levo a sério coisas que são brincadeira, “critico-o”, estou sempre a queixar-me de saudades, estou sempre a pedir atenção, magoo-o com palavras e ate com gestos, mas no entanto, tenho certeza que o amo mais do que alguém alguma vez o fará ou o fez.
Nem sempre sou feliz, os meus amigos nem sempre são os mais fiéis ou os mais verdadeiros, os meus pais nem sempre estão lá para mim, o meu irmão nem sempre está comigo para me ouvir ou o meu namorado para me aturar as crises, mas no entanto, esta felicidade limitada de que eu vivo é que me faz estar aqui e lutar para ser mais e melhor, para agradar aos outros e a mim, sim, principalmente a mim porque se eu não gostar de mim, quem gostará?



Autora: Ana Paula Trafaria Antunes

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Uma maneira de compensar-te :)

Cá pra mim, a nossa amizade, é mais que isso. Não se baseia nos simples atributos de uma relação de amizade, é mais do que isso. Adoro as nossas tarde, dias, noites na cama; adoro os nossos ataques de riso; adoro as nossas vontades e apetites; adoro as nossas manias e os nossos hábitos; adoro quando acordo ao meio dia contigo a perguntares-me o que é o almoço; adoro as nossas conversas e os nossos segredos comuns e particulares, tao íntimos que nem a um diário contaria; adoro quando ralhas comigo e adoro fazer o mesmo contigo; adoro a companhia que me fazes; adoro quando temos as mesmas opiniões e mesmo quando discutimos.
Não sei dizer quando é que começei a adorar-te mas sei que certamente durará por muito tempo. Já és como uma irmã, partilhamos a casa, o quarto, a cama, as bolinhas e até os nossos corações. Houve um tempo em que não acreditava na amizade, de tanta desilusão mas agora sei que ela afinal existe, afinal não é uma miragem, é real e eu acredito nela, por tua causa, por saber que quando precisar vais lá estar, quando eu não tiver ninguém, tu vais me segurar na mão e dizer-me que não estou sozinha.
Não precisaste de me conquistar, a tua personalidade fê-lo sem precisar de te pedir autorização, e isso é que faz com que a nossa amizade seja tão especial.
Ninguém acreditava, mas bastou nós querermos para conseguirmos que resultasse. Hoje agradeço e digo-te que se voltasse atras teria feito tudo da mesma maneira.

Obrigada por tudo Laetitia Nunes !

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O que queres de mim?

Whataya Want From Me Adam Lambert
Hey, slow it down
What do you want from me
What do you want from me
Yeah, I'm afraid
What do you want from me
What do you want from me

There might have been a time
I would give myself away
(Ooh) Once upon a time
I didn't give a damn
But now here we are
So what do you want from me
What do you want from me

Just don't give up
I'm workin' it out
Please don't give in
I won't let you down
It messed me up, need a second to breathe
Just keep coming around
Hey, what do you want from me
What do you want from me

Yeah, it's plain to see
that baby you're beautiful
And it's nothing wrong with you
It's me – I'm a freak
but thanks for lovin' me
Cause you're doing it perfectly

There might have been a time
When I would let you step away
I wouldn't even try but I think
you could save my life

Just don't give up
I'm workin' it out
Please don't give in
I won't let you down
It messed me up, need a second to breathe
Just keep coming around
Hey, what do you want from me
What do you want from me

Just don't give up on me
I won't let you down
No, I won't let you down

So
Just don't give up
I'm workin' it out
Please don't give in
I won't let you down
It messed me up, need a second to breathe
Just keep coming around
Hey, what do you want from me

Just don't give up
I'm workin' it out
Please don't give in
I won't let you down
It messed me up, need a second to breathe
Just keep coming around
Hey, whataya want from me
(whataya want from me)
Whataya want from me
whataya want from me

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Desabafos de um coração

Estes dias estava lendo sobre como nossas atitudes hoje causam conseqüência no futuro. E então pude perceber que uma imensa dor que se apossava de meu coração quando te via era a mais dolorosa das conseqüências de uma atitude errada de meu passado. 

Como pude ser tola a ponto de permitir que você saísse da minha vida. Só hoje vejo que isso não ia me fazer bem, como realmente não faz. Hoje ver você e saber que já não faz mais parte da minha vida, pelo menos não do jeito que eu gostaria, me faz chorar e me dói o coração. Hoje de certa forma somos amigos, isso não me basta, mas se pra estar perto de você preciso ser sua amiga, eu me conformo. Mas tenho que reconhecer que dói muito.

Quando somos imaturos acabamos sem pensar fazendo besteiras e magoando as pessoas que mais queremos bem, pena só saber que minha atitude ia levar você para longe quando as lágrimas começaram a rolar e o peito apertar quando estou perto de você e não posso te abraçar e te beijar.

Espero que algum dia você possa me perdoar por ter te feito sofrer e que eu tenha ao menos a chance e a coragem de te encarar e te dizer o quanto você foi e é importante em minha vida e que apesar do meu jeito e de minhas atitudes eu amei você sinceramente.

Se algum dia você conseguir me perdoar me permita voltar a fazer parte de sua vida e te provar que meu amor é sincero e que eu posso te fazer feliz.

Para todos os amigos que me abandonaram !

Tento seguir novas passadas, mas julgo ouvir o eco dos teus passos atrás de mim. Seguir em frente? Ou voltar-me para trás? Aquele desejo de ver se és mesmo tu, torna quase impossível continuar a andar. Mas eu tenho de seguir! Tenho de conseguir resistir. E com todas aquelas forças que juraste esquecer, continuei. Com todas as palavras que ficaram perdidas, formei um novo começo. E controlo aquele desejo de querer saber. Aqui eu posso decidir. E hei-de chegar lá, não por ti, mas por mim! Hei-de chegar lá para descarregar toda a fúria da mentira que me fizeste viver. Hei-de chegar ao fim deste caminho, e encontrar novos caminhos. Novos caminhos onde vou voltar a tropeçar e cair, mas,desta vez, não por tua causa. Hei-de levantar-me após queda, e provar que não sou fraca. Eu vou conseguir, não digas que não.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Infância

Às vezes ponho-me a pensar nas coisas de quando era pequena. Na altura, qualquer pormenor era importante. A febre de conhecimento e saber procurava encontrar todos os detalhes, como se neles residisse a grande descoberta. E, aos poucos, essa curiosidade infantil foi desaparecendo. Com o passar do tempo comecei a prestar muito menos atenção a onde colocava os pés, ao formato das nuvens acima da minha cabeça, à luz de uma estrela que acende todas as noites lá no céu, distante, ao bem que sabia meter a mão de fora de um automóvel em movimento, ou a contar quantos degraus são até à porta de minha casa.

Sim, para quem se saiu tão má a Matemática, até é curioso, pois eu contava muito antes de saber ler e escrever. Contava as pedrinhas escuras na calçada branca portuguesa (pois só podia pisar essas), contava os postes de electricidade que passavam pela janela do comboio a uma velocidade açambarcadora, contava os dedos das mãos e os dos pés sempre que me pediam... cheguei até ao cúmulo de contar a quantidade de carros vermelhos, brancos e pretos que passavam na minha rua durante uma hora, como se estivesse a fazer uma qualquer estranha estatística (na minha infância não havia uma enorme quantidade de carros de outras cores)... o engraçado é que não fazia a mínima ideia do que seria Estatística.

Um qualquer evento isolado conseguia fazer-me feliz o dia todo, aos pulos e aos pinotes como se a energia nunca se fosse acabar, mas um qualquer evento triste não me punha deprimida por mais do que meia hora.

Quando oiço as pessoas dizerem que queriam ser pequenos outra vez, eu compreendo perfeitamente o que querem. Não estão com vontade de ser mais baixos, mais dependentes, mais protegidos, mas querem voltar ao tempo em que a alegria era sempre motivo suficiente para se estar alegre, ao tempo em que a tristeza tinha pouco tempo de antena, em que os problemas com os outros eram resolvidos com um simples pedido de desculpas e aperto de mão, em que os trabalhos eram vistos com uma cumplicidade pueril, em que queríamos sempre mostrar que éramos grandes e fortes e que conseguíamos fazer o papel de adultos. Quando uma bicicleta seria entretém para mais de muitas horas, tal e qual um gatinho, um carreiro de formigas ou as simples pedras da calçada. Quando todas as coisas deste mundo nos surpreendem e alegram como se soubéssemos delas pela primeira vez. 

Na realidade, quando me ponho a pensar, não é da genica e da juventude que as pessoas sentem saudades, nem do facto de estarem dependentes, e pouco saber dos males da vida. Nada disso! As pessoas têm saudades de quando não olhavam só para dentro, quando queriam ser sempre os bons. Hoje em dia andam todos a tentar ser maus q.b., quer seja por estar na moda, quer com medo da indefensabilidade. As pessoas crescem e perdem a vontade de sonhar ou não se permitem a isso. E acham que perder a vontade de sonhar faz parte da maturidade. Estão enganados. Faz parte da desilusão. As pessoas não se desiludem umas às outras. As pessoas desiludem-se sozinhas. Sempre. E isso cega a criança sonhadora dentro de si mesmas. Daí o saudosismo.

Lembro-me de quando era pequena e uma mão cheia de areia era um prato de arroz doce, as bonecas todas minhas filhas e para chegar a casa ia de elevador até ao primeiro andar e depois subia vinte e três degraus a pé, consequência de não chegar ao botão de andar correcto.

Autor: Selma Nunes (http://www.maisalgarve.pt/cronicas/textos-de-todas-as-cores/2861-recordacoes-de-infancia)

Mini-apresentação !

Bem vindos ao meu blog :)
O meu nome é Paula, mais conhecida por Paulinha, tenho 20 anos, sou da Figueira da Foz, tenho um irmão mais novo que eu e sou do signo Virgem.
O meu vicio é a dança, fiz ballet durante 12/13 anos, sou sambista à 7 anos na Escola de Samba Unidos do Mato Grosso, pratiquei sapateado e jazz mais uns poucos de anos  e se pudesse seria esse o meu futuro.
Estudo na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, no curso de Ciências da Linguagem e frequento o segundo ano.
Sou uma fã e adepta incondicional do amor, gosto de o viver ao máximo, ultrapassando todos os seus limites, gosto de transpirar paixão por todos os poros e talvez por isso viva as coisas tão intensamente. Quando gosto, gosto de verdade e não gosto muito de partilhar.
Sou o cúmulo da teimosia, não desisto enquanto não chego onde quero, mas não piso ninguém para lá chegar. Sou simpática e ao contrário do que parece, sou bastante sociável e humilde. Sei o valor que tenho, cheguei lá não só por mérito meu mas também com muitas ajudas e ensinamentos de muitas pessoas importantes na minha vida.
Os meus melhores amigos são os meus pais e o meu irmão, nada está acima deles, nada nem ninguém. Costuma se dizer que cada um tem os melhores pais para si, mas eu sem dúvida que tenho os melhores do mundo.
Dou muito valor e importância à amizade, embora já não acredite naquela amizade pura e dura em que nenhum dos amigos trai o outro e que o mete à frente de tudo e todos e que toda a sua vida o defenderá, isso só existe nos filmes, desculpem a minha sinceridade !
Bem, acho que é melhor eu ficar por aqui, senão nem a página toda chegaria para descrever toda a minha vida, e não acredito que vocês quisessem saber :P
Espero que apreciem o meu blog e que visitem muitas vezes :)




Seu gostarem de apreciar a arte do desenho e da pintura aconselho o blog do meu pai : quadroatuamedida.blogspot.com






Bem hajam :D